"A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos."
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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Apologia da Ficção Histórica: Por que devemos ler os Romances Históricos?

*Apologia = Defesa.


*Romance = um gênero literário. É formado pela narração de uma história qualquer: existem personagens; diálogos entre estes personagens; tempo; lugar; um começo, meio e fim nesta história. Romance não tem nada a ver com romântico!


Era uma noite tranquila em um dos meus primeiros meses de Faculdade em História quando escutei o berro: “VOCÊ QUER APRENDER OU QUER SE DIVERTIR?!”. Foram essas as palavras do professor que acabara de chegar na sala de aula, dirigidas a um pobre colega de classe. Sabe aqueles golpes combos de vídeo games? Foi mais ou menos isto que aconteceu com meu pobre amigo. O motivo do grito? Ora, vejamos como aconteceu:
 Meu amigo, Alan, chegara na sala de aula extremamente feliz com um livro sobre o Nazismo. Eu não lembro o título, mas sei que era desses livros de História escritos por jornalista de forma romanceada (como fez o Laurentino Gomes). Assim que o professor Marcelo chegou na sala, durão como sempre, Alan foi lá, cheio de orgulho, mostrar o livro que com muito esforço comprara e pedir o sincero comentário do professor sobre a leitura. A resposta, cheia de carinho, que Alan recebeu, foi a que citei acima: VOCÊ QUER APRENDER OU QUER SE DIVERTIR?! Ele humildemente retomou o livro das mãos do professor e saiu cabisbaixo para a sua cadeira, praticamente sangrando – por dentro. 

Ora -você me pergunta-, por que o professor fez isso? Bem... O objetivo primeiro desse post, querido leitor imaginário, é fazer você entender que dentro de uma Universidade, no curso de História, qualquer livro não escrito por um Historiador é visto com preconceito. Se o autor é Historiador vale a pena ser lido. Se não é, o livro serve para ser jogado no lixo, como diria o bondoso professor Marcelo. (:


A pobre Mai de The King of Fighters sendo destroçada no combo, tal como Alan pelo professor.


Very well, vamos para uma explicação mais detalhada:
Eu falei do Laurentino Gomes mais acima. Okay, é ele um Jornalista, que segundo o Wikipedia, fez uma pós-graduação em Administração de Empresas, e que, por algum motivo, em 2000 e pouco começou a escrever sobre a História do Brasil. (Oh!  Jornalismo+Administração+História = ... \o/ )

Puxa vida! Enquanto isso, EU, um cara que amo História, passo 5 anos numa Faculdade de H-I-S-T-Ó-R-I-A, lendo tanto livro chato pesado, para conseguir -com muita dificuldade- me formar e, se Deus permitir e quiser me abençoar, fazer um Mestrado e depois Doutorado, muitas vezes em um assunto que não me agrada, como por exemplo, História das Doenças ou, História do Café ¬¬.
 E aí, no fim da vida, já devendo à morte, eu, finalmente, me acho apto para escrever um livro, enquanto o Laurentino já tem três. Mas, tudo bem... Então, eu escrevo! (Aê! História da Unha Encravada \o/), e, se eu consigo ser reconhecido e lido em meu Estado, já posso morrer feliz! :’) :D   Já o cara (Laurentino Gomes) estudou 4 anos Jornalismo e em 2007 escreveu sobre um assunto que eu queria escrever (a foto do livro abaixo), e vendeu tanto que é internacionalmente conhecido. Como assim? Que bug foi esse?!

(O que o Laurentino tem que eu não tenho?)
Livro lançado em 2007. Repare no sub-título do livro. Muita gente amou! E, sem dúvidas, me fez compreender muita coisa.



A resposta é simples: Ele escreveu de uma forma fácil de entender! 
 Uma adolescente no oitavo ano ou um universitário no último período de seu curso consegue entender facilmente. Tal como ele, contei a história de Alan  de modo ROMANCEADO = ao invés de explicar de um modo difícil, escrevi a verdade de maneira que todos entendam e na forma de uma estorinha (lembrando que romance e romântico não têm nada a ver no Mundo dos Livros).

Logo, há muitas pessoas formadas em Jornalismo ou em Letras, que conseguem escrever muito (muito!) bem e escolhem um tema na História para romancear. Por exemplo: quero escrever sobre Hitler. Então eu pesquiso muito (muito!) sobre esse sujeito e descubro que...  ele era vermelho, nasceu de um pai azul e de uma mãe amarela. Descubro que quando era criança pulou a cerca e se cortou e chorou tanto que achou que iria morrer. Descubro, ainda, que ele lia história em quadrinhos e revista Playboy (ah, muleque!), mas, que cresceu e matou muito gente... Então eu vou lá e escrevo uma história com Hitler sendo o personagem principal, utilizando os conhecimentos que obtive com a minha pesquisa. 

Adolf Hitler... Ou, Dolfinho para os íntimos.
Lembrando que um romance histórico consiste de início, meio, fim de uma História, e, principalmente de diálogos.


Infelizmente muitos autores brasileiros e estrangeiros escrevem romances histórico com mais ficção do quê realidade. Por este motivo, muitos Historiadores detestam este gênero literário, e, tal como o professor Marcelo, acham que eles só servem para divertir os leitores ao invés de informar e ensinar.
Neste caso eu discordo, pois, para mim, é possível aprender e se divertir, sim!


Grande exemplo de que há aprendizado na diversão. E, vale lembrar: um dos maiores foi o grandioso Playstation 1 que me fez passar horas num dicionário de Inglês.

Ume exemplo real de que valeu a pena ler romance histórico (principalmente para aqueles que gostam de História de Roma) foi: alguns anos atrás, ainda no Ensino Médio, eu lia, um romance sobre Júlio César. Numa determinada aula, o professor de História começou a explicar a importância de César e de sua aliança política com Crasso e Pompeu, conhecida como o Primeiro Triunvirato. Estive tão empolgado nesta aula! Ora, eu já sabia aquilo que meu querido professor já explicava! Era tão bom ouvir um adulto falando do meu herói, era tão bom saber que o meu herói realmente existiu. E além do mais, antes que a aula acabasse eu já sabia como terminaria. Isto me dava mais confiança, e logo eu me achava o superior, o gostosão de História da turma. Se houvesse uma prova surpresa, eu seria aquele que tiraria a nota mais alta. hehe (Claro, se eu soubesse separar a ficção da realidade.)

Status: me sentindo o gostosão! Tal como no excelente jogo de Playstation Duke Nukem.




Desta forma, defendo com firmeza o Romance Histórico.
Preste atenção nessa defesa: JÁ SE PERGUNTOU PORQUE VOCÊ CHORA QUANDO LÊ "A CULPA É DAS ESTRELAS"? Ou por que você fica empolgado quando lê uma estória em que o personagem principal marca um gol, por exemplo? Saiba, então, que é comprovado cientificamente que, quando você lê um livro, sua mente faz com que você interaja com a história. Você sorri, chora, sente raiva e xinga os personagens como se existissem na sua vida atual.
Desta forma, vamos dizer que, se você quer entender mais sobre a cultura do Egito Antigo e os seus deuses... Ora, leia um Romance Histórico sobre o Egito (como a série Ramsés) e você vai -garanto!- ser transportado para aquela sociedade. Você vai aprender muito (muito, muito!) mais do quê pegando 50 livros que ache difícil de ler.
E o melhor de tudo é: ao término do livro, vamos lá no tio Google e começamos a pesquisar sobre o assunto. Assim aprendemos bem mais do quê aqueles que não leem nada. Morô? ;D 

Minha mensagem, então, simples e direta: LER ROMANCE HISTÓRICO FAZ BEM E LHE FAZ MAIS INTELIGENTE! LEIA E PESQUISE, E VOCÊ, ALÉM DE PASSAR A GOSTAR AINDA MAIS DA HISTÓRIA, VAI, COM MUITO ESFORÇO, SER UM(A) GRANDE HISTORIADOR(A)! :o


Um grande abraço do Mesquita, e até a próxima!

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